terça-feira, 29 de abril de 2008

"Ratificação do Tratado de Lisboa"

No dia 23 de Abril do corrente ano, a Assembleia da República ratificou em debate o "Tratado de Lisboa".
Depois de muitas críticas ao texto e batalhas sobre se seria o referendo o melhor caminho ou não a seguir, Portugal levou ao Parlamento o seu próprio tratado reformador.
Quando alguns políticos dizem que o texto é "confuso e burocrático" e alguns deputados têm dificuldade em o entender, quais as vantagens se fosse referendado?
Em minha opinião, este tratado para ser referendado, deveria ter um texto que permitisse uma leitura de fácil compreensão, e não redacções dos homens do direito.
Na prática, quem sabe o seu objectivo e o que mudou?
Tal como eu, estou em crer que 90% da população não entende nada daquilo...

terça-feira, 22 de abril de 2008

"Desemprego"

O senhor Ministro da Ciência afirmou há pouco tempo que não há licenciados desempregados.
O seu colega da Segurança Social disse que está muito preocupado com o desemprego entre os licenciados.
Se, segundo os últimos dados do INE - Instituto Nacional de Estatística referente ao 4.º trimestre de 2007, estavam desempregados mais de 65.000 licenciados, estamos perante mais um comentário de pura demagogia por parte dos politicos e, até dão a entender que governam paises diferentes.
Também me parece que não se devem preocupar muito com o desemprego, independentemente das habilitações, dado que nas E.P - estradas de Portugal pretendem despedir mais de 300 funcionários, a fim de reduzir custos, porém, os administradores continuam a ganhar vencimentos elevados (25.000,00 €), com carro, etc, etc.
Com este tipo de comentários que normalmente vejo na comunicação social, um dia destes ainda vou pensar que a minha pátria é outro país europeu...

terça-feira, 15 de abril de 2008

"Aumento da inflação"

Ontem ouvi na comunicação social que a inflação está a subir, e que é necesário controlar a subida dos preços dos bens de primeira necessidade.
Há semanas atrás ouvi o senhor Primeiro-Ministro a afirmar que a crise estava ultrapassada, não obstante eu na altura ter comentado timidamente que tinha ficado surpreendido com tal afirmação, o que não era caso para menos, visto que se trata do chefe do governo.
Hoje, por um lado sinto-me frustado pelas más notícias acerca da situação do país real em que vivo, porém, por outro lado fico lisonjeado pelo facto de através da minha pouca inteligência, ter chegado àquela conclusão.
Estou certo de que com o aproximar das eleições, vamos continuar a ver este tipo de cenário, isto é, a crise a afectar os bolsos dos portugueses e os politicos a contrariar os resultados do FMI, argumentado que "não há motivo para alarme".
Em minha opinião e ao contrário do velho ditado, penso que "piores dias virão..."

terça-feira, 8 de abril de 2008

"Caso Esmeralda"

Como é do conhecimento geral, o pai afectivo da menina Esmeralda, o Sargento Luís Gomes, foi condenado a dois anos de prisão, suspensa por igual período, por não ter entregue a menina, julgo eu, quando lhe foi solicitado.
Acerca da decisão do Juiz, certamente que este se limitou a cumprir a lei, porém, penso que os interesses do bem-estar da menina não estão a ser salvaguardados, porque, pelo que tenho ouvido pela comunicação social, a menina identifica como pai o Sargento, e até a própria mãe biológica, não reconhece ao pai biológico, aptidão para cuidar tão bem da menina, como o pai afectivo.
Estou certo, que a seu tempo, esta criança terá a oportunidade de o reconhecer como pai (Sargento), e tomar a decisão que melhor lhe convier, por agora, o importante será assegurar que a menina tenha a oportunidade de crescer e desenvolver-se num ambiente próprio para a sua idade.
Para terminar gostaria de deixar a seguinte questão: Onde estavam os pais biológicos quando a menina precisou deles?

quinta-feira, 3 de abril de 2008

"Ainda sobre a descida de impostos"

Acerca da subida e descida de impostos, tenho constatado de que quando o IVA sobe, os empresários protestam e dizem que os preços têm de aumentar substancialmente. Quando se fala na descida, os empresários dizem que não é o suficiente, e curiosamente não os escuto a falar em descida de preços.
Perante um caso em que o IVA era 21% e desceu para 5% (Ginásios), e que o preço para o consumidor final desceu apenas 4%, é de fácil matemática verificar quem lucrou com o remanescente.
Neste sobe e desce do IVA, chego à conclusão de que quando sobe, esse aumento sai direitinho dos bolsos do consumidor final e, quando desce, a lei não obriga que essa descida se repercute no consumidor final, pelo que a melhor opção teria sido uma baixa no imposto dos combustíveis ou no IRS, cuja descida entrava direitinho nos bolsos do portugueses e não no das empresas...
Será que para chegar a esta conclusão é necessário estudar na Universidade, ou será que no mundo da política vêem a realidade de maneira diferente?