terça-feira, 30 de setembro de 2008

"100% de aprovações"

A ministra da educação afirmou há poucos dias de que Portugal começa a reunir todas as condições para alcançar a meta dos 100% de aprovações no final do ensino básico, visto que os nossos alunos não são menos inteligentes, os nossos professores não são menos preparados e as nossas escolas eram piores, mas estão a ficar melhores.
Relativamente a este assunto sou de opinião de que mais importante do que os 100% de aprovações no 9.º ano, é uma escolaridade sinónimo de exigência e de qualidade, ao invés de estarem preocupados com as estatísticas, com o intuito de comentarem na comunicação social que o desemprego diminuiu (à custa dos cursos profissionais "remunerados"), os quais dão equivalência aos 9.º e 12. º anos.
Penso que se todos os portugueses tiverem o 12.º ano, não é isso que contribui para uma vida melhor, em virtude de em Portugal não se criar emprego, nem se verificar crescimento económico.
Ainda sobre os 100% de aproveitamento, só se for num mundo utópico, porque num mundo real só através de cursos de formação profissional (remunerados), pelo que até gostaria de ver 95% dos alunos desses cursos, a frequentarem uma Escola Secundária, a fim de constatar acerca do índice de aproveitamento.
Nunca tive conhecimento que o governo tenha facultado este tipo de cursos "remunerados" a pessoas que trabalham, para serem leccionados no período pós-laboral, com equivalência ao 12.º ano, porque como só possuo o 11.º ano, também seria um candidato, só que estes casos não têm interesse para as estatísticas.
Em suma, o que tenho constatado é que diversas empresas necessitam de pessoal e não o conseguem porque essas pessoas preferem estar nestes cursos profissionais ao invés de aceitarem trabalhar numa empresa que lhe ofereça um trabalho de futuro, é que esses cursos dão menos trabalho...
E quando terminarem?

terça-feira, 23 de setembro de 2008

"Será que vale a pena protestar?

A DECO organiza no próximo sábado uma jornada nacional de protesto contra o preço dos combustíveis, apelando aos consumidores para não abastecerem os veículos durante todo o dia.
Não obstante de apoiar a iniciativa da DECO, penso que o português que não abastecer no sábado, terá de o fazer nos dias seguintes, pelo que as gasolineiras o que não facturarem no dia em causa, vão recuperar a diferença nos dias seguintes.
Eu por exemplo era para ter abastecido com 25,00€ há dois atrás, partindo do principio que fiz boicote de 2 dias, a gasolineira nada perdeu, em virtude de hoje ter de abastecer com 35,00€, portanto a gasolineira vai facturar mais 10,00 € em relação ao valor que tinha inicialmente previsto.
O que lamento é o facto da DECO só agora estar preocupada com esta situação, visto que os combustíveis até estão em queda.
Será que a DECO também é uma associação que faz parte da máquina do PODER?

terça-feira, 16 de setembro de 2008

"Economia em derrapagem"

Foi divulgado há pouco tempo de que o custo das obras do metro de Lisboa derraparam em 44 milhões.
Sobre o assunto em causa, penso que antes de se iniciar qualquer obra pública ou privada, são efectuados estudos e projectos para que uma determinada obra possa ser orçada e naturalmente assinado o contrato com a empresa, no qual consta o valor das obras a realizar, entre outras.
Sobre a derrapagem em obras públicas, há muito tempo que passou a ser notícia irrelevante, isto porque não me lembro de uma obra pública de que tal não tenha acontecido, em alguns casos, até têm dificuldade em apurar o valor correcto.
Se são feitos estudos técnicos, os quais são pagos a preço de ouro e se o dinheiro não é suficiente para a realização das obras, então tem de se responsabilizar os responsáveis por esses estudos e as empresas com a qual foi assinado o contrato, a fim de os obrigar a cumprir os orçamentos contratualizados.
Também já construi uma casa, e o contrato que assinei com a construtora foi cumprido por ambas as partes, porque se houvesse um derrapagem, o que me esperava era ficar sem a casa, em virtude de ser eu quem a tem de pagar, ao contrário das obras públicas, que são pagas pelo dinheiro dos contribuintes, e por isso é que a maiorias dos portugueses andam a derrapar, sem saberem quando é que se vão equilibrar...