A ministra da educação afirmou há poucos dias de que Portugal começa a reunir todas as condições para alcançar a meta dos 100% de aprovações no final do ensino básico, visto que os nossos alunos não são menos inteligentes, os nossos professores não são menos preparados e as nossas escolas eram piores, mas estão a ficar melhores.
Relativamente a este assunto sou de opinião de que mais importante do que os 100% de aprovações no 9.º ano, é uma escolaridade sinónimo de exigência e de qualidade, ao invés de estarem preocupados com as estatísticas, com o intuito de comentarem na comunicação social que o desemprego diminuiu (à custa dos cursos profissionais "remunerados"), os quais dão equivalência aos 9.º e 12. º anos.
Penso que se todos os portugueses tiverem o 12.º ano, não é isso que contribui para uma vida melhor, em virtude de em Portugal não se criar emprego, nem se verificar crescimento económico.
Ainda sobre os 100% de aproveitamento, só se for num mundo utópico, porque num mundo real só através de cursos de formação profissional (remunerados), pelo que até gostaria de ver 95% dos alunos desses cursos, a frequentarem uma Escola Secundária, a fim de constatar acerca do índice de aproveitamento.
Nunca tive conhecimento que o governo tenha facultado este tipo de cursos "remunerados" a pessoas que trabalham, para serem leccionados no período pós-laboral, com equivalência ao 12.º ano, porque como só possuo o 11.º ano, também seria um candidato, só que estes casos não têm interesse para as estatísticas.
Em suma, o que tenho constatado é que diversas empresas necessitam de pessoal e não o conseguem porque essas pessoas preferem estar nestes cursos profissionais ao invés de aceitarem trabalhar numa empresa que lhe ofereça um trabalho de futuro, é que esses cursos dão menos trabalho...
E quando terminarem?